2 de outubro de 2010

Turbulência



é tão difícil quando quando se quer falar mil coisas mas tudo está preso no peito. sinto que estou cheia. não sei até quando poderei segurar tudo o que tenho dentro de mim. tem uma turbulência acontecendo dentro de mim. não posso assegurar que controlar-me-ei até o tempo de pouso. só posso assegurar que ninguém se machuque, exceto a máquina.

Atenção, passageiros! Aqui quem fala é o comandante. Estamos passando por uma área instável e enfrentaremos uma pequena turbulência. Mantenham a calma.


é sempre a ultima obrigação de todos: manter a calma.
Para mim, manter a calma é conter uma turbulência interior.



Manterei a calma.

30 de setembro de 2010

Passarinho.

Sabiá
Sabiá dum canto forte
um canto alto
um canto que encanta
Sabiá que chama atenção
Sabiá, melodia do viveiro

Passarinho
que Passarinho sem nome é esse?
Passarinho pequeno, solitário, triste
tem um canto fraco
um canto de dor
um canto silencioso
Passarinho.

28 de setembro de 2010

Finalmente os cinco minutos.

Pensa-se na morte.
Sim, eu sou pessimista!
Pessimismo não tem nada a ver com isso.
Realismo!
Sei que nada é desculpa, mas minha vontade serve como justificativa?
Espera-se o grito: NÃÃÃÃÃÃÃO!
Silêncio.....
Silêncio....
Silêncio...
Silêncio
Silêncio
Finalmente encontro os meus cinco minutos.

Mariana.

Mariana!!!
Mariana?!
Mariana?
Onde você está, Mariana?
Estou escondida, mamãe.
Por que se escondes?
Não desejo ser vista. Quero ficar aqui!

10 de setembro de 2010

flying alone.

Ando meio perdida...
vôo meio perdida..
quero me achar?
talvez não.
na verdade,
eu não sei o que quero!

17 de agosto de 2010

cri.... cri... cri..

As vezes eu fico pensando...... escrever num blog é a esperança de que alguém vai ler e se importar (ou não) com o que vc pensa.
Daí você escreve um.. organiza toda e..... cri... cri.... cri... grilinhos... ninguém lê.
A menos, é OBVIO, que você o divulgue aos seus amigos e fique perguntando o que eles acharam do último post.
eu, ao contrário, prefiro não divulgar e muito menos pedir comentários. eu só quero externar.. embora eu tenha a esperança de q alguém vai ler e se importar.
bom.. o tédio e a solidão daqui já estão me irritando.
vou embora!!!

tchau.. embora eu não tenha pra quem acenar!

14 de agosto de 2010

Non, Je Ne Regrette Rien

Michel Vaucaire / Charles Dumont



Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien.
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égal.

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
C'est payé, balayé, oublié,
je me fous du passé.

Avec mes souvenirs,
j'ai allumé le feu.
Mes chagrins mes plaisirs,
je n'ai plus besoin d'eux.

Balayés mes amours,
avec leurs trémolos.
Balayés pour toujours
je repars à zéro...

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien.
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égal.

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien.
Car ma vie, car mes joies,
Pour aujourd'hui
ça commence avec toi

12 de agosto de 2010

5 minutos.

Era tudo o que eu precisava para sobreviver. Tanto barulho, tantas palavras, tanta música, tanto ruído, tanta agonia. Eu me sentia tonta, perdida naquela multidão.
Corri, mergulhei num abismo que avistei a frente e finalmente: SILÊNCIO. Cinco minutos de silêncio era tudo o que eu precisava para sobreviver.
De repente, uma multidão de vozes explodem ao meu redor. Choro.. Choro.. Choro.........
É tão difícil me darem apenas cinco minutos de paz?!
Abro os olhos! Olho para a direita: NINGUÉM. Olho para a esquerda: NINGUÉM. Olho para todos os lados, todas as direções: NINGUÉM!
De onde vem tanto barulho? De onde essa agonia, esse desespero e esses gritos de dor vem?
SAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI! Vão embora!!! Deixem-me em paz!!!!!!!
Cinco minutos... eu não consegui. Cinco minutos de silêncio!

10 de agosto de 2010

Ana Júlia invertida.

Sentia sua espinha gélida e quebradiça. O medo de suas atitudes e palavras calava-a. Presa em sua mente, ela voava livre. Asas de borboleta e de mosca eram úteis ao seu dia-a-dia. A chance de mudar de ponto no mapa e de voltar a salvo a agradava.
Porém, tudo mudou! A salvação a deixava entediada e a mudança dentro de um mesmo sítio a fazia enojar de sua vida. Todos seus pensamentos e todo o seu destino apontavam um mesmo ponto. o ponto transparente.
Dias e dias se passavam e Júlia ansiava o conhecimento daquele desconhecido. A opacidade a agradava de maneira brusca. Porém, as críticas de todos estavam certas. Que menina medrosa!
E Ana Júlia parou, mesmo sem tornar opaco o que desejava.