10 de agosto de 2010

Ana Júlia invertida.

Sentia sua espinha gélida e quebradiça. O medo de suas atitudes e palavras calava-a. Presa em sua mente, ela voava livre. Asas de borboleta e de mosca eram úteis ao seu dia-a-dia. A chance de mudar de ponto no mapa e de voltar a salvo a agradava.
Porém, tudo mudou! A salvação a deixava entediada e a mudança dentro de um mesmo sítio a fazia enojar de sua vida. Todos seus pensamentos e todo o seu destino apontavam um mesmo ponto. o ponto transparente.
Dias e dias se passavam e Júlia ansiava o conhecimento daquele desconhecido. A opacidade a agradava de maneira brusca. Porém, as críticas de todos estavam certas. Que menina medrosa!
E Ana Júlia parou, mesmo sem tornar opaco o que desejava.

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